Vereadores de Corupá aprovam lei para diagnóstico precoce do Autismo

por adm publicado 16/08/2021 07h54, última modificação 16/08/2021 07h54

          O teste para diagnóstico precoce do Transtorno de Espectro do Autismo (TEA), agora é lei em Corupá. Projeto de lei nº 06/2021, autoria do vereador Alfredo Gramm Sobrinho (PDT), foi aprovado em votação única pela Câmara de Vereadores, por sete favoráveis e nenhum contrário. A lei determina a adoção de Instrumentos de Triagem de Desenvolvimento Infantil (IRDI), para crianças de 0 a 18 meses, e o M-CHAT (Modified Checklist for Autism in Toodlers), em crianças a partir de 18 a 36 meses. Poderão ser aplicados nas unidades de saúde ou escolas, cabendo à prefeitura a capacitação de professores da Educação Infantil e profissionais da saúde. O M-CHAT é um teste clínico, com 14 perguntas respondidas com SIM ou NÃO, que não envolve laboratório e nem geraria custos ao poder público.

          Justificando a necessidade da lei, o vereador Alfredo diz que a ideia é que essas estatísticas mensurem a evolução e possibilitem o georreferenciamento dos casos e que, “quanto mais rápido os traços de TEA forem identificados, mais rapidamente será iniciada a estimulação e mais efetivos serão os ganhos no desenvolvimento neuropsicomotor”. Acrescenta que a “detecção precoce pode auxiliar a treinar habilidades que, se porventura houver um atraso no diagnóstico não poderão mais ser alcançadas”.

         

TEA

O Espectro de Espectro do Autismo (TEA), pode manifestar-se com atraso do sorriso facial, a preferência por objetos ou brinquedos ao invés da interação com faces humanas, a deficiência no olhar sustentado ou reciprocidade do olhar, as dificuldades graves de sono, o déficit de interação social e interesse no outro, o atraso na linguagem, a pouca comunicação não verbal e do apontar, entre outros fatores. Geralmente são bebês que não precisam de muito colo, que ficam bem sozinhos, que conseguem brincar isoladamente, que não choram por qualquer motivo e que não exigem muito a atenção dos pais, considerados “bebês bonzinhos”. Outras crianças podem ter um desenvolvimento aparentemente normal até por volta de 12 a 18 meses e manifestar perdas na linguagem e interação após este período, o que se torna cada vez mais evidente para a família devido à regressão.