Sessão solene da Câmara de Vereadores de Corupá marca os 90 anos do museu Irmão Luiz Gartner
Sessão solene da Câmara de Vereadores de Corupá marca os 90 anos do museu Irmão Luiz Gartner
Com o plenário Haroldo Kühl, completamente lotado de autoridades e população, a Câmara de Vereadores realizou sessão solene na noite desta segunda-feira (3), para entregar uma Moção Honrosa aos representantes do Seminário Sagrado Coração de Jesus, mantenedor do Museu Irmão Luiz Gartner. O museu, que é o primeiro de Santa Catarina, completa 90 anos de fundação neste ano e a honraria foi assinada por todos os vereadores.
O prefeito em exercício, Cláudio Finta, arcebispo emérito de Salvador (BA), Dom Murilo Krieger, o diretor do seminário, padre Diego Martins, padre Sildo Cesar da Costa - representando o museu Irmão Luiz Gartner, compuseram a mesa principal dos trabalhos, presidida pelo vereador Juliano Millnitz. A placa em referência aos 90 anos do museu foi entregue pelo presidente do legislativo, Juliano Millnitz, ao padre Sildo Cesar da Costa. “Estou aqui extremamente feliz, honrado com essa oportunidade”, destacou o presidente, citando a sua proximidade com o seminário desde criança e classificou o Irmão Luiz, como um empreendedor, devido as atividades que desenvolveu, inclusive sendo sapateiro e depois aprendeu a técnica da taxidermia.
Os vereadores Alfredo Gramm Sobrinho e Lairton Hartmann Muller, foram os oradores da noite representando os demais vereadores. O vereador Alfredo, ressaltou o fato do primeiro museu de Santa Catarina estar em Corupá, tendo mais de 36 mil itens em seu acervo. Para o vereador Lairton, a sessão marca a semana de aniversário de Corupá, iniciando com celebração religiosa, histórica e cultural. “Celebramos hoje uma experiência de fé, de cultura e de amor, a plenitude da missão”, citou, destacando o desafio de manter um museu e isso por 90 anos. Prefeito em exercício, Cláudio Finta, destacou a importância do museu para a cidade e confessou que, influenciado, pesquisou sobre a taxidermia. “São animais que jamais imaginamos que existiam na nossa natureza”, e parabenizou o legislativo pela iniciativa.
O Museu Irmão Luiz Gartner, começou por volta de 1933 com animais taxidermizados, em especial, as aves que naturalmente morriam no viveiro “Paraíso das Aves”. Ele contava que a ideia de montar um museu surgiu durante seu noviciado em Taubaté (SP). “Passeando pela chácara de Taubaté encontrei um sabiá morto, o peguei e o levei para o noviciado, lá tirei as tripas e passei sal para conservá-lo, e aí me veio a ideia de fundar um museu”. Para alcançar seu objetivo, percebeu que o Seminário não teria condições de arcar com as despesas da taxidermia aprendeu e desenvolveu ele próprio a arte. Um amigo farmacêutico o auxiliou para saber que químicos utilizar para conservação. Em 2004 o Museu que se chamava “Sagrado Coração de Jesus”, teve seu nome alterado para “Museu Irmão Luiz Gartner”, em homenagem ao seu fundador. Desde 2013, o museu vem passando por várias transformações, e hoje, apresenta ao público quatro exposições de longa duração que tratam da história e da cultura, ocupando três andares do prédio do seminário, inclusive com um elevador.
O fato da homenagem ao museu coincidir com a semana de comemoração dos 126 anos do município foi lembrado pelo diretor do seminário, padre Diego Martins. “O museu não pertence somente ao seminário, pertence como patrimônio cultural de toda a nossa cidade de Corupá”, e enalteceu a figura do Irmão Luiz, como amante da natureza, acrescentando que era único, fez tudo muito bem e com amor.